sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Trabalho de Língua Portuguesa



Nome: Valdir Daniel, Natã De Sando e Marcio Ricardo.
 N: 27, 23,20
Série: 7ºA

História e características da arte africana 
O continente africano acolhe uma grande variedade de culturas, caracterizadas cada uma delas por um idioma próprio, tradições e formas artísticas características. O deserto do Saara atuou e continua atuando como uma barreira natural entre o norte da África e o resto do continente. Os registros históricos e artísticos demonstram indícios que confirmam uma série de influências entre as duas zonas. Estas trocas culturais foram facilitadas pelas rotas de comércio que atravessam a África desde a antiguidade. 
Podemos identificar atualmente, na região sul do Saara, características da arte islâmica, assim como formas arquitetônicas de influência norte africana. Pesquisas arqueológicas demonstram uma forte influência cultural e artística do Egito Antigo nas civilizações africanas do sul do Saara. 
A arte africana é um reflexo fiel das ricas histórias, mitos, crenças e filosofia dos habitantes deste enorme continente. A riqueza desta arte tem fornecido matéria-prima e inspiração para vários movimentos artísticos contemporâneos da América e da Europa. Artistas do século XX admiraram a importância da abstração e do naturalismo na arte africana.



MASCARA AFRICANAS

A Arte africana exprime usos e costumes das tribos africanas, por esse motivo, as máscaras sempre foram protagonistas indiscutíveis da arte africana. E é sobre as Máscaras Africanas que veremos nesse trabalho.

Para os africanos, a máscara representava um disfarce místico com o qual poderiam absorver forças mágicas dos espíritos e assim utilizá-las na cura de doentes, em rituais fúnebres, cerimônias de iniciação, casamentos e nascimentos. 
As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana. Constituem síntese de elementos simbólicos mais variados se convertendo em expressões da vontade criadora do africano.
Foram os objetos que mais impressionaram os povos europeus desde as primeiras exposições em museus do Velho Mundo, através de milhares de peças saqueadas do patrimônio cultural da África, embora sem reconhecimento de seu significado simbólico.
A máscara transforma o corpo do bailarino que conserva sua individualidade e, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e animado, encarna a outro ser; gênio, animal mítico que é representando assim momentaneamente. Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua morte. A energia captada na máscara é controlada e posteriormente redistribuída em benefício da coletividade. Como exemplos dessas máscaras destacaram as Epa e as Gueledeé ou Gelede
 

Pirâmides Africanas
Para complementar o debate sobre os valores civilizatórios africanos e historicização das Áfricas, o professor de História da África e doutorando em sociologia, Deivison Nkosi, apresentou algumas das contribuições dessas populações para o desenvolvimento humano-universal.
O traço mais marcante do continente é o fato da África ser o berço da humanidade, antiga e moderna. E consequentemente ser o ponto de origem das populações que povoaram o planeta. Deivison recorda que as atuais diferenças morfo-fenotípicas entre populações humanas – as chamadas “raças” – são um fenômeno recente na história da humanidade (presumivelmente do final do paleolítico superior, 25.000 a.C. – 10.000 a.C.).
Assim, salienta Deivison “é impossível conceber um análise séria de qualquer civilização antiga, sem entender sua relação com o continente africano. É mais do que ver a história do negro, é rever a história da humanidade, se livrar de preconceitos. Por exemplo, quando encontramos estátuas com traços negróides em países como o México e até em países como a China, Japão. Os primeiros habitantes do planeta eram negros e negros se espalharam pelo mundo”.
Outro registro compartilhado pelo professor é o fato de ter mais pirâmides na China do que no Egito, em regiões da área tropical na mesma linha que se encontram as pirâmides astecas, na América Central.  Para  Deivison, o fato de muitas vezes serem atribuídos ao sobrenatural ou a extraterrestres a autoria de feitos como estes, está na questão de ser impossível conceber que essas tecnologias viriam de povos não brancos dentro de uma historiografia eurocêntrica, preconceituosa.
Ao pensar no Egito e suas grandes construções, por exemplo, é possível identificar o número áureo, ou da razão áurea, ou ainda número de ouro, que as crianças aprendem na escola ser uma das contribuições dos gregos, com Pitágoras. Mas algo que não é divulgado é o fato de que a maioria dos melhores pensadores da Grécia foi estudar em Alexandria, uma das cidades africanas mais importantes do mundo antigo, de onde apreenderam inúmeros conhecimentos essenciais para construção da sua cultura.
“A nossa noção de ciência parte do pressuposto de que tudo veio ou iniciou-se na Grécia e de que os outros povos em nada contribuíram, quando que na verdade a África, seus povos e suas produções são fundamentais em todos esses processos. Daí a importância de conhecer a história da África e revisitar inverdades produzidas pela historiografia oficial”, comenta.
O título de “Pai da Medicina” atribuído ao grego Hipócrates corresponde a mais um equívoco cometido pelo domínio europeu na descrição dos processos históricos dos outros povos. A condição de Pai da Medicina seria mais apropriada ao cientista e clínico egípcio Imhontep, que quase três mil anos antes de Cristo praticavam quase todas as técnicas básicas da medicina.
Ao finalizar, Deivison ressalta que as tecnologias e contribuições da África não pararam no tempo e muito vem sendo produzido ao longo dos séculos a partir das culturas e civilizações africanas. Para conhecer outras contribuições dos povos africanos à humanidade confira o artigo de Lázaro Ramos sobre o tema

Trabalho de Língua Portuguesa



Nome: Valdir Daniel, Natã De Sando e Marcio Ricardo.
 N: 27, 23,20
Série: 7ºA
História e características da arte africana 
O continente africano acolhe uma grande variedade de culturas, caracterizadas cada uma delas por um idioma próprio, tradições e formas artísticas características. O deserto do Saara atuou e continua atuando como uma barreira natural entre o norte da África e o resto do continente. Os registros históricos e artísticos demonstram indícios que confirmam uma série de influências entre as duas zonas. Estas trocas culturais foram facilitadas pelas rotas de comércio que atravessam a África desde a antiguidade. 
Podemos identificar atualmente, na região sul do Saara, características da arte islâmica, assim como formas arquitetônicas de influência norte africana. Pesquisas arqueológicas demonstram uma forte influência cultural e artística do Egito Antigo nas civilizações africanas do sul do Saara. 
A arte africana é um reflexo fiel das ricas histórias, mitos, crenças e filosofia dos habitantes deste enorme continente. A riqueza desta arte tem fornecido matéria-prima e inspiração para vários movimentos artísticos contemporâneos da América e da Europa. Artistas do século XX admiraram a importância da abstração e do naturalismo na arte africana.



MASCARA AFRICANAS

A Arte africana exprime usos e costumes das tribos africanas, por esse motivo, as máscaras sempre foram protagonistas indiscutíveis da arte africana. E é sobre as Máscaras Africanas que veremos nesse trabalho.

Para os africanos, a máscara representava um disfarce místico com o qual poderiam absorver forças mágicas dos espíritos e assim utilizá-las na cura de doentes, em rituais fúnebres, cerimônias de iniciação, casamentos e nascimentos. 
As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana. Constituem síntese de elementos simbólicos mais variados se convertendo em expressões da vontade criadora do africano.
Foram os objetos que mais impressionaram os povos europeus desde as primeiras exposições em museus do Velho Mundo, através de milhares de peças saqueadas do patrimônio cultural da África, embora sem reconhecimento de seu significado simbólico.
A máscara transforma o corpo do bailarino que conserva sua individualidade e, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e animado, encarna a outro ser; gênio, animal mítico que é representando assim momentaneamente. Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua morte. A energia captada na máscara é controlada e posteriormente redistribuída em benefício da coletividade. Como exemplos dessas máscaras destacaram as Epa e as Gueledeé ou Gelede
 

Pirâmides Africanas
Para complementar o debate sobre os valores civilizatórios africanos e historicização das Áfricas, o professor de História da África e doutorando em sociologia, Deivison Nkosi, apresentou algumas das contribuições dessas populações para o desenvolvimento humano-universal.
O traço mais marcante do continente é o fato da África ser o berço da humanidade, antiga e moderna. E consequentemente ser o ponto de origem das populações que povoaram o planeta. Deivison recorda que as atuais diferenças morfo-fenotípicas entre populações humanas – as chamadas “raças” – são um fenômeno recente na história da humanidade (presumivelmente do final do paleolítico superior, 25.000 a.C. – 10.000 a.C.).
Assim, salienta Deivison “é impossível conceber um análise séria de qualquer civilização antiga, sem entender sua relação com o continente africano. É mais do que ver a história do negro, é rever a história da humanidade, se livrar de preconceitos. Por exemplo, quando encontramos estátuas com traços negróides em países como o México e até em países como a China, Japão. Os primeiros habitantes do planeta eram negros e negros se espalharam pelo mundo”.
Outro registro compartilhado pelo professor é o fato de ter mais pirâmides na China do que no Egito, em regiões da área tropical na mesma linha que se encontram as pirâmides astecas, na América Central.  Para  Deivison, o fato de muitas vezes serem atribuídos ao sobrenatural ou a extraterrestres a autoria de feitos como estes, está na questão de ser impossível conceber que essas tecnologias viriam de povos não brancos dentro de uma historiografia eurocêntrica, preconceituosa.
Ao pensar no Egito e suas grandes construções, por exemplo, é possível identificar o número áureo, ou da razão áurea, ou ainda número de ouro, que as crianças aprendem na escola ser uma das contribuições dos gregos, com Pitágoras. Mas algo que não é divulgado é o fato de que a maioria dos melhores pensadores da Grécia foi estudar em Alexandria, uma das cidades africanas mais importantes do mundo antigo, de onde apreenderam inúmeros conhecimentos essenciais para construção da sua cultura.
“A nossa noção de ciência parte do pressuposto de que tudo veio ou iniciou-se na Grécia e de que os outros povos em nada contribuíram, quando que na verdade a África, seus povos e suas produções são fundamentais em todos esses processos. Daí a importância de conhecer a história da África e revisitar inverdades produzidas pela historiografia oficial”, comenta.
O título de “Pai da Medicina” atribuído ao grego Hipócrates corresponde a mais um equívoco cometido pelo domínio europeu na descrição dos processos históricos dos outros povos. A condição de Pai da Medicina seria mais apropriada ao cientista e clínico egípcio Imhontep, que quase três mil anos antes de Cristo praticavam quase todas as técnicas básicas da medicina.
Ao finalizar, Deivison ressalta que as tecnologias e contribuições da África não pararam no tempo e muito vem sendo produzido ao longo dos séculos a partir das culturas e civilizações africanas. Para conhecer outras contribuições dos povos africanos à humanidade confira o artigo de Lázaro Ramos sobre o tema

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